Entre o falar do texto e o dizer do ator, os tantos lugares de mim
Esse é um trabalho do tipo divisor de águas. Águas grandes e barrentas como as de maré de lance bem conhecidas na região em que moramos. AS marés, das quais me refiro, são subtextuais ou melhor diria"sub-sub marinhas", subterrâneos cavernosos atravessados por um fluxo de memórias que nos arrastam, pedras vivas que somos, ao dizível e não indecifrável de nós. Quando soube que era o texto nascido de uma provocação, de um desejo "encomendado",, que sua escritura perpassava o que há muito queria fazer no palco, atravessava minha vida e minha ânsia por algo gutural, ìntimo, extremeci.. Ao lê-lo pela primeira vez, já me sentia nele, busca-o, sondava-o com quem caça o ser amado. (Continua)