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Mostrando postagens de junho, 2013

O CORPO VIGIA-2º TRATAMENTO

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"Ri Rô Ewá!"

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[...] À beira do precipício desponta uma moça que sonha de olhos abertos, tão moça como o tempo que a reservou para a festa.  Menina sem tréguas, corredora entre as feiras e matas ao redor da cidade presenta-se guardada, estranhamente, numa jovialidade sem cura, seguida por um ou vários cachorros que latem a sua ardente passagem quase sempre noturna.  Segue indelével e arredia, ladeada por guardiões de honra casta. Porque assim ELA os quis. Caminha guiada pela intuição arquitetada pelos lanhos do sol, por enquanto, ainda ofuscada pela dor.  Segue alva, de branco como branca resplandece quando refletida à luz da lua clara que dadivosa empresta-se ao coito celestial que a aguarda, criança-noiva que a ancestralidade a fez. De passo em passo nessa travessia abre-se em flor arregalada pelas hastes do mundo ávido por engoli-la num só fluxo. O mesmo fluxo que antes falhou e hoje retornou como presságio de rito, rito de presságio. Da anciã incólume recebeu a benção de

Corpo-rede...corpo mapa!

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(Instalação presentada na Casa da Atriz em encontro do coletivo. Domingo, 26/05/2013, tarde) Corpo e Mapa Não é no olho que mora a alma, é no gesto, no pronunciamento de encontro ao outro, sem reticências e sem meios termos, vamos a um comprometimento com as idéias-força que se concretizam em formas-conteúdos: 1.     O corpo é marca e é matriz, nada ad infinitum, na realidade é na sua finitude que se faz ponte e porta para o(s) outro(s), uma totalidade carente do encontro para se fazer; 2. O corpo é espaço, chega de sequência, chega de tempo que transcorre, vivemos a simultaneidade no corpo, porque se ele carrega marcas-memórias, elas não aparecem como sequência em nós, mas como mistura, como presença e, portanto, matriz de novos sentidos para o corpo que se projeta, mas, sobretudo, para os que entram em contato com esse corpo; 2.     3. Tempo não é sequência, é trajetória, atravessa (o co rpo, o outro) inscrevendo ritmos não histórias, porque a história só se constrói a

Diálogos com o anjo- O corpo trai

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Por  Rafael Couto.  O arauto  integrante do Grupo Corpo Sincrético Corpo Sincrético – O Corpo Trai No corpo está nosso registro histórico, dessa e de outras vidas. Nele está gravado o mimetismo da movimentação, fala e gestos de nossos pais, grupos sociais e modelos que buscamos imitar; nossas relações com pessoas, lugares, animais, culturas; tensões, suavidades, traumas e conquistas ao longo da nossa existência; potencialidades, dificuldades, salubridades e enfermidades decorrentes de nossas escolhas. O CORPO É NOSSO MAPA, guia nossa alma através de um intenso aprendizado, é a projeção de nosso espírito. Através do corpo posso conhecer(-me), libertar(-me), curar(-me), celebrar(-me) e, ao mesmo tempo, confundir(-me), aprisionar(-me), ferir(-me), trair(-me). Ele é nossa manifestação mais honesta, faz brilhar os olhos, acelerar o coração, doer a cabeça, construir tiques, concentrar tensões, curvar a coluna, ouriçar a pele, gerar doenças, lubrificar o sexo. Gastamos uma quantida

Da equipe sincrética

O desafio aqui posto é trabalhar conjuntamente a fim de orquestrar a sintonia-sinfonia dos diferentes meios-linguagens circunscritas para esse  meio-fim  e, para tanto, reuni um grupo de artistas da cidade, potencialmente criadores e atuantes na cena artística contemporânea com os quais dialogo substancialmente em teoria e ação e sem os quais não poderia conceber-construir o objetivo desse trabalho. Cito meus sinônimos, homônimos, parceiros-inspiradores que dividem comigo a assinatura desse fazer, antes amoroso, para depois artístico:  Diego Vattos  (Músico instrumentista e compositor)  P reparação corpo-som Mailson Soares  (Dramaturgo, a tor, cenógrafo )  P reparação corpo-cena Maurício Franco  (Ator, figurinista e cenógrafo )  P reparação corpo-veste/corpo-luz Mateus Moura  (Cineasta, ator, diretor e produtor cinematográfico)  preparação corpo-lente Rafael Couto  (Dramaturgo, diretor teatral e ator)  P reparação corpo-mídia Wallace Pantoja  (Geógrafo, professor unive

dElaWÁ! Ela sempre fora no sempre será.

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"Monarca Menarca Arca Hímen Sêmen d’Ewa d’outro lado d’Eu há Qual melhor rito de passagem entre a Mulher e a Entidade senão o sangue que pára de jorrar? Crepúsculo opúsculo ósculo oculto. O culto. ó  São 7, para a 8 que adora se deitar no horizonte: infinita infinito in fim Ela Lua adora laçar Sol engoli-lo subir radiante mergulhar no manto escuridão tecer estrelas compor melodias-constelações dançar fases armar miragens tramar destinos brilhar. Ela jorra, fora o Tempo onde não jorrou > antes da Menarca, antes de Monarca, antes desta Arca < ela não jorrará = e a passagem Hímen Sêmen, que flor fora esta antes, que flor é esta nestas bodas ~ o que se sintetiza de todo esse jorro? Nós, atados pelo aquém-olhar - rato ou ator ou rota ou taro – acendemos incenso lavamos pés batemos tambor abrimos oráculos matamos fome erguemos altar sacralizamos tempos damos nomes: hierofantes somos, nós de teu eu, deslumbrante amante, anti-colár."  (Com cr

"Corpo reUNIDO!"

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O convite! Ao Ilaroque, ao Mailson, ao Mateus, ao Rafael, ao Diego, ao Maurício as pontas da minha estrela Caríssimos, um novo tempo raiou no horizonte e fomos dignos de recebê-lo, uma vez que pudemos contemplar seu nascedouro com os próprios olhos! Que isso seja, em si, um grande motivo de alegria para  t odos. E é sobre o novo, um novo projeto, do qual alguns já tem um certo conhecimento, que gostaria de falar, aproveitando o ensejo e formalizando o convite para que você componha minha equipe de trabalho. Uma equipe-diga-se de passagem!- escolhida pelo tempo de maturação do mesmo em que, um a um, foi se inscrevendo na minha vida pessoal, na minha trajetóriaartistica e profissional de forma muito peculiar. Pessoas de quem tenho bebido (e me embebido!) da competência e seriedade com que desempenham sua atuação na cena artística da cidade com a qual dialogo e que hoje, penso, são  altamente  representativas do que acredito e, portanto, personas  com a