Corpo-rede...corpo mapa!
(Instalação presentada na Casa da Atriz em encontro do coletivo. Domingo, 26/05/2013, tarde) |
Corpo e Mapa
Não é no olho que mora a alma, é no gesto, no pronunciamento de encontro
ao outro, sem reticências e sem meios termos, vamos a um comprometimento com as
idéias-força que se concretizam em formas-conteúdos:
1.
O corpo é
marca e é matriz, nada ad infinitum, na realidade é na sua finitude que se faz
ponte e porta para o(s) outro(s), uma totalidade carente do encontro para se
fazer;
2. O corpo é espaço, chega de sequência, chega de tempo que transcorre, vivemos a simultaneidade no corpo, porque se ele carrega marcas-memórias, elas não aparecem como sequência em nós, mas como mistura, como presença e, portanto, matriz de novos sentidos para o corpo que se projeta, mas, sobretudo, para os que entram em contato com esse corpo;
2. O corpo é espaço, chega de sequência, chega de tempo que transcorre, vivemos a simultaneidade no corpo, porque se ele carrega marcas-memórias, elas não aparecem como sequência em nós, mas como mistura, como presença e, portanto, matriz de novos sentidos para o corpo que se projeta, mas, sobretudo, para os que entram em contato com esse corpo;
2. 3. Tempo não é sequência, é trajetória,
atravessa (o corpo, o outro) inscrevendo ritmos não
histórias, porque a história só se constrói atribuindo sentido-significado a
posteriori, mas o corpo, antes de mais nada sente-experimenta; que os outros possam
atribuir o sentido que emerge do corpo como espaço presentificado em mapa
sincrético;
3. Instalar é
construir uma relação entre trajetória e espacialidade, afirmar o tempo-espaço
ou o espaço-tempo parece uma obviedade, porém, torná-lo uma experiência mobilizadora
de uma coletividade heterogênea não é nada óbvio, como representar o
irrepresentável? Um caminho possível: criar trajetórias que coexistam numa
espacialidade que não é só fundo, mas figura.
4. 5. O mapa é
uma representação do real, mas podemos subverter a própria idéia de mapa -
criar uma irrepresentação a partir da experiência sincrética do corpo como
coetaneidade (coexistência dos múltiplos)?
5. Pensando além
do horizonte de possibilidades porque Ewá não é o fim instalado, mas o começo
da instalação!
Por Wallace
Wagner, integrante do grupo corpo sincrético, corpo-texto (postado em junho de 2013).
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