Canto do Patrimônio (PA) recebe a exposição Nós de Aruanda – Artistas de terreiro

Fonte: http://portal.iphan.gov.br/portal/montarDetalheConteudo.do;jsessionid=77A1CAC8B3AF7E0B9C009C08538BFD45?id=18885&sigla=Noticia&retorno=detalheNoticia acessado em 06/05/2015.

06/05/2015 O Canto do Patrimônio, sala de exposições do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Pará, reabre as suas portas para receber a manifestação artística dos povos e comunidades de matriz africana, com a exposição Nós de Aruanda – Artistas de terreiro. A mostra traz a pluralidade de entendimentos de diferentes artistas sobre a arte no cotidiano dos terreiros, nas lutas políticas por direitos de cidadania, na política afirmativa, nas práticas ritualísticas, na memória afetiva e na memória de vida como elementos essenciais para a construção de mundo. A exposição entra no seu 3° ano e celebra a cultura africana com várias atividades na programação: rodas de conversa, cine clubes, shows. Os artistas que participam da mostra foram selecionados a partir de chamada pública feita pelo grupo Roda de Axé. A seleção teve como critério o pertencimento a comunidades de terreiros e interesse em participação na ação artística coletiva, todas as decisões foram tomadas em reunião colegiada entre artistas e pesquisadores. INstalações do Corpo TERREIRO É O MUNDO! Participando da 3ª edição da Exposição Nós de Aruanda. [...] É NO MUNDO QUE ESTÃO TODAS AS COISAS, VISÍVEIS E INVISÍVEIS, TANGÍVEIS, MUTÁVEIS, MÓVEIS, EVENTUAIS, CONFLITUAIS E EMERGENCIAIS DESSA E DE TODAS AS ÉPOCAS. ESTAR COM O MUNDO É UMA NECESSIDADE! AFETOS, TRANSGRESSÕES, TRATADOS E RUPTURAS. O TEMPO, O ESPAÇO, A TEMPERATURA,  AS LINGUAGENS, AS SENSAÇÕES E O MOVIMENTO. O CORPO DESSE CONJUNTO FORMAM UM PACTO TERRENO SILENCIOSO AO QUAL TODA E QUALQUER NATUREZA SE SUBMETE. MUITOS TRAJETOS. ESTADO DE PRESENÇA  DE MULHERES E HOMENS EM BUSCA DE SI. E SE O MUNDO EMERGE DE/POR UMA CAUSA TRANSCENDENTE QUE APELA A NOSSA HUMANIDADE CONTEMPORÂNEA E ANCESTRE É NELE QUE ME SINTO VOCACIONADA A CRAVAR OS PÉS E FINCAR OS OLHOS. ME SUBMETENDO IGUALMENTE AS AÇÕES DA ARTE PERFORMATIVA COMO CAMPO, SEMENTE E SEMEADURA. E ESSE PROFUNDO AFETO PELO MUNDO, QUE SE DILATA ENTRE MEU QUINTAL E A URB ONDE TODAS AS DIFERENÇAS SE FUNDEM, E AS SEMELHANÇAS SE ERGUEM ENTRE CAOS E POSSIBILIDADES, EU ME VEJO MERGULHADA. A RELIGIOSIDADE AFRO TEM ME AJUDADO A ENCONTRAR OS CAMINHOS. A ARTE ENSINADO A ME PERDER POR TODOS ELES. E NISSO CONSISTE ESTE TRABALHO. UMA CARTA DE ADESÃO AOS ENCONTROS E DESENCONTROS DO MEU MUNDO COM ESSE TERREIRO MAIOR QUE NÃO CESSA DE GIRAR. E TALVEZ UM DIA, QUEM SABE EU SEJA DIGNA DE ME SEGUIR [...] Rosilene Cordeiro,  atriz-performer, umbandista, em Belém/PA (Terreiro da Cabocla Herondina e Dona Rosinha Malandra. Pai de Santo Cledilson Castro)