Websérie 'Pretas' ganha temporada com histórias de mulheres negras durante a pandemia Zélia Amador, ícone no movimento antirracista, vai coordenar e atuar
Redação Integrada
26.06.20 7h30
Divulgação
(Fonte: https://www.oliberal.com/cultura/webserie-pretas-ganha-temporada-com-historias-de-mulheres-negras-durante-a-pandemia-1.279943)
A websérie “Pretas” vai ganhar uma nova temporada especial para contar a história de mulheres negras durante a pandemia pela Covid-19. Zélia Amador vai coordenar a chamada Edição Emergencial do projeto audiovisual, além de participar como atriz. A coordenação-geral será de Joyce Cursino. As inscrições para a seleção de atrizes estão abertas.
Zélia Amador é um dos símbolos da história de luta contra o racismo e o machismo no estado do Pará. Professora emérita da Universidade Federal do Pará (UFPA), Doutora em Antropologia e co-fundadora do Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará (Cedenpa), ela foi homenageada na 23ª Feira Pan-Amazônica do Livro e das Multivozes, em 2019.
"É um espaço (a websérie) necessário para que a sociedade volte seus olhos para a mulher negra, que está na base da pirâmide. Ela que é o segmento mais esmagado da sociedade. E quando essa mulher se ergue, ela é capaz de mexer com toda pirâmide", defende a ativista.
A temporada terá cinco episódios. O projeto foi contemplado pelo Edital Prêmio Proex de Arte e Cultura de 2019, da UFPA. A produção será realizada pela Negritar Filmes e Produções, da cineasta Joyce Cursino, que foi a atriz e roteirista da primeira temporada realizada pela Invisível Filmes. O roteiro será assinado por Mayara Coelho.
"Estamos vivendo uma das maiores crises de saúde mundial e, mais uma vez, há uma tentativa de apagamento das nossas denúncias, das nossas histórias e do nosso protagonismo enquanto mulheres negras da Amazônia", defende Joyce.
Equipe de mulheres negras
Uma equipe de mulheres 100% negras foi selecionado para trabalhar no projeto, incluindo a produtora executiva Elis Tarcila, socióloga com projetos como Rede Mulheres Negras, Cria Preta do Guamá e Nação Angola; a design Gabriela Monteiro, co-fundadora do Projeto Pretinta, educadora artística em regiões periféricas e integrante do coletivo de ilustradores negros IlustrapreticePA; a editora de imagem Luana Peixe, artista e professora licenciada da UFPA, pesquisadora em relações étnico-raciais, arte afrodescendente, Amazônia e política e organizadora do Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus.
Além delas, as produtoras executivas Tamara Mesquisa e Lorena Saavedra, a diretora de elenco Isadora Lourenço, a diretora de fotografia Suane Melo, a audiodescritora Aline Corrêa e a coordenadora de comunicação Natália Cruz.
Seleção de atrizes
Atenta às recomendações sanitárias da Organização Mundial de Saúde (OMS), a websérie terá um ritmo de gravação diferenciado, que será virtual.
As mulheres interessadas em participar do projeto devem se inscrever por meio de formulário disponível no link: https://bityli.com/13PMY.
A candidata precisa ter pelo menos 18 anos, se identificar como mulher negra, não precisa ter experiência em frente às câmeras. A seleção vai ocorrer por vídeo chamada com a diretora de elenco.
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