“DIÁLOGOS ESPECIAIS”: CONVERSAS RIZOMÁTICAS



Ensaio individual apresentado como atividade avaliativa final da Disciplina Tópicos Especiais, ministrada pela Profa. Dra. Ana Flávia Mendes, no Módulo I do Curso de Especialização em Estudos Contemporâneos do Corpo, Turma 2010.


O corpo sempre foi algo que esteve no foco de interesse em toda minha trajetória de vida. Talvez porque, já há algum tempo descobri que meu próprio corpo tem limites, inspira atenção e cuidados que diariamente – melhor diria, a todo instante- dialogam comigo, me inquirindo, me repreendendo e permanentemente, me ensinando.


No tempo destas descobertas que ocorre simultaneamente ao meu ingresso na Escola de Teatro e Dança da UFPA (promotora desse Curso de especialização do qual hoje faço parte) inúmeras outras experiências corroboraram para tal afirmativa. Uma delas foi o exercício que realizei no Projeto de Extensão O Resgate da Radionovela (ICA/ UFPA), que integrei como atriz no período de 2007- 2008, o qual me ocasionou um achado substancial para compreender melhor meu processo formativo: O texto teatral ou dramático não é supremo. Vários indutores existem, podem e devem ser explorados, surgir para se pensar e organizar a criação pelo intérprete da cena teatral, o ator- criador- pesquisador. O corpo que já me havia solicitado algumas outras interlocuções além daquela que vivenciara com a literatura dramática até então, encontrou neste “achado” um eco do qual precisava para interagir com outras vertentes, novas e diferentes formas de se constituir matéria criativa.

Paralelamente a esse processo comecei a cursar a disciplina Experimentação Cenográfica, inclusa no currículo do 2º Ano do Curso Técnico de Formação em Ator, no ano de 2008, quando ainda pertencia ao referido curso. Talvez, por minha formação inicial (pois sou pedagoga) fui levada a alguns grandes lampejos de perguntas que saltaram a mim com grande relevância quando, Karine Jansen e Bruce Macedo, professores da disciplina, disseram que teríamos um texto norteador para a produção artística que realizaríamos, mas este não seria o estopim da criação. Ele seria apenas uma provocação inicial, a partir da qual um objeto seria criado para “narrar”, para contar a história. Mas, que objeto? Que forma, tamanho, textura, densidade ou cor, teria ele? Que critérios usaria para eleger um e privilegiá-lo entre tantos outros igualmente interessantes? Foram questões que vieram, instalaram-se em mim e permaneceram sem respostas no período solitário da busca primeira, conduzindo ao “abismo” obscuro e incompreensível a que tal tarefa me lançou.

A experiência nos sinalizou – a mim e aos demais alunos - a problematização e a necessária dialogicidade com a vida presente, como possíveis aliados em nossa investigação que iniciava solitária àquele momento. Só depois de passar por esse “vale tenebroso” de perguntas, dúvidas e difíceis escolhas individuais é que iríamos à busca do corpo daquele (a) que traduziria melhor nossa opção: o personagem que dele emergisse para compor a cena performática resultado do laborioso processo de pesquisa que ora começávamos.
Pois bem, para investigar a presente (e instigante!) matéria que aqui proponho, o corpo da personagem surgido a partir da relação com o objeto cênico tomo por parceiros de viagem a incerteza, as hiipóteses, as escolhas provisórias, a elaboração, a afetividade, a criatividade impressas no meu corpo- rizoma, corpo múltiplo de uma atriz em formação, carregado de marcas, impressões, matizes, e inúmeros sentidos transfigurados/ canalizados/ conectados ao objeto cênico e à relação destas variantes com a personagem que me motivou, me moveu e me convida, hoje, à visitá-la em campo teórico.

E exatamente aqui, se inscreve o presente projeto de pesquisa na perspectiva da Linha de Pesquisa de Estudos Contemporâneos do Corpo: Processos de Criação, Transmissão e Recepção em Arte, aqui intitulado “DA TRAMA ATOR - OBJETO PERFORMÁTICO - PERSONAGEM: ESTUDO DO PROCESSO CRIATIVO DE UMA ATRIZ PESQUISADORA, NA PERFORMANCE ME ALUGO PRA SONHAR, DA ETDUFPA, EM 2008”; surge da necessidade de investigar um corpo cênico que brota da “dramaturgia do processo criativo”, do “fazer cadenciando a criação”, buscando compreender como se instaura esse corpo do ator (desde suas primeiras impressões à feitura), que “veicula”, revela, denuncia matrizes castradoras, inibidoras do “corpo-vida”, levando- o ao palco- ou melhor, diria à cena não dependendo do espaço no qual ela se dá- com código próprio e identificação peculiar, um corpo que em Grotowisk (In TRINDADE 2007) merece especial atenção: “[...] O retorno ao corpo- vida exige desarmamento, desnudamento, sinceridade”.

O corpo que surge na experiência teatral aqui estudada é um corpo ‘nu’ por ser novo mas, de natureza completamente preenchida de cultura, disponibilizado a esse desnudamento de tudo aquilo que o condiciona e o impede de ser mais, de explorar novos limites e outras conexões com os diferentes e emergentes textos/ contextos que os circunda. Corpo que carrega as marcas de sua cultura, do seu tempo e o peso de ser, por séculos, entendido aos pedaços necessitando de uma interlocução mais abrangente com pela gama de significantes e significados que traz consigo e outras que vai agregando no tempo em que se ‘instaura’ como algo vibrante, vivo e pulsante.
Tenho claro que várias metodologias se propõem a ser campo de experimentação em busca da criação do corpo de personagem. Muitas delas têm demonstrado que é possível vivenciar na idade adulta
[1] o processo criativo igualmente lúdico e sedutor como o que vivíamos na infância, as nossas expressivas descobertas, inclusive, algumas dessas exitosas tentativas merecem destaque especial pela poética que carregam. É o caso, acredito eu, do presente projeto de pesquisa.

A intenção que ora provoca e impulsiona meu interesse em investigar o corpo de uma personagem (a partir do meu corpo criado a partir de um objeto artístico), uma entre outras personagens que já tive a oportunidade de criar em montagens cênicas nestes 18 anos de aproximação com a prática teatral - iniciada em oficina promovida pela FUMBEL, em Icoaraci, no ano de 1989 - envolvida com teatro na escola, na igreja, no movimento social até minha chegada na ETDUFPA; é tão somente a possibilidade de lançar um olhar carinhoso sob uma experiência que tive a oportunidade de viver, sorver, sofrer e concretizar como aluna do referido curso, a fim de contribuir para que outras pessoas possam tomar conhecimento do trabalho primoroso que esta instituição tem desenvolvido no processo de formação do ator em nível técnico. Volta- se, também, em busca de evidenciar práticas metodológicas singulares no decurso dessa qualificação a fim de contribuir socialmente com o fortalecimento e ampliação do olhar dos sujeitos educativos, da comunidade artística e acadêmica sobre o entorno dessa qualificação específica.

E foi nessa miscelânea e convidativa rede de interlocuções que me ‘trouxeram’ a este campo de estudo na especialização, que tive o privilégio de encontrar- me com o trabalho de pesquisa da Profa. Dra. Ana Flávia Mendes, altamente técnico, científico e totalmente sensível de pensar as vivências do/no corpo do atuante. A pesquisadora que se volta ao estudo do corpo numa perspectiva rizomática, ajudou- me a esclarecer e a suscitou novas perguntas em torno desse universo que me habita ( meu próprio e por vezes desconhecido corpo!) que pretendo investigar nesse novo cenário que se coloca diante de mim como aluna de iniciação científica. Um corpo ao mesmo tempo sujeito e objeto, que age e reage, e que, segundo ela pode ser entendido como corpomídia uma vez que, assim como o rizoma, permite que informações cheguem a ele e sejam devolvidas ao seu entorno por meio dele, num continuum e inesgotável movimento de entrada e saída.

A pesquisadora trouxe conhecimentos relevantes ao citar Artaud (apud LINS 1999) que trata do corpo como uma unidade complexa e sem órgãos, uma vez que para este autor o corpo não tem ventre, não tem ânus, ele é um todo indivisível. Relação que pode ser estabelecida com o pensamento humano que se constitui como rizoma[2] por não ser hierarquizado, verticalizado como o proposto por uma visão cartesiana e fragmentada de apreensão do conhecimento. Pensamento que encontra em Deleuze e Guattari um par discursivo à altura por tais autores se manifestarem totalmente defensores à dimensão vertical dos saberes/ informações que ao serem ‘acolhidos’, assimilados e reelaborados pelos sujeitos educativos, se constituem conhecimentos que passam a pertencer ao arcabouço vivencial dos mesmos, indo e vindo numa permanente troca de fluxo e sinergias entre si.

De acordo com Ana Flávia, citando Geertz (1989), o homem é um animal amarrado e o autor assume a cultura como sendo essas teias. Um imbricado de relações que, segundo Kats e Greiner (2002), resultam num fluxo inestancável de transformações e mudanças.
Apesar da pesquisadora ter por campo delimitado de pesquisa o corpo voltado para a dança, ela elege e traz em seu discurso com a turma elementos importantíssimos aos meus estudos quando propõe como reflexão alguns princípios da pós-modernidade extensivos à cena de uma forma em geral, tais como: fragmentação, narrativa não linear, repetição, experimentação, interdisciplinaridade e ampla liberdade criativa, os dois últimos aspectos totalmente relevantes para minha pesquisa constituindo-se no mote de análise sobre a qual pretendo discorrer segundo autores que venho pesquisando nessas áreas.

O processo criativo, mote deste e de tantos outros trabalhos de pesquisa que versam sobre criatividade, tema que para alguns soa até certo ponto, como desgastado na esfera artística, neste caso em particular representa, ao mesmo tempo, uma provocação e um convite. Digo isso pelo fato de pretender discuti-lo do lugar de uma atriz em formação na cena acadêmica e artística na contemporaneidade que se propõe traçar um diálogo com diversas áreas de conhecimento (arte, teatro, pedagogia, metodologias) buscando compreender as relações que estas tem com o objeto de estudo em questão e como essas relações resultam na performance Me alugo para sonhar[3], lócus desse olhar contextualizado para o qual me volto objetivando compreender os caminhos que desaguaram em minha performance cênica na referida intervenção.
Sendo uma questão bastante recorrente e totalmente inerente ao homem, que tem na realização desse potencial uma de suas mais íntimas e indissociáveis necessidades, penso que essa temática possibilita ao pesquisador, a mim e a todos os estudiosos que se voltam ao seu território teórico, um olhar embebido de inovação a cada novo encontro.
De acordo com Ostrower (2008) a natureza criativa emerge no humano e se elabora no contexto individual e cultural no qual este se insere. Criar corresponde, assim, ao que formamos, a alguma coisa a qual damos forma; e sejam quais forem os modos e os meios, ao criarmos algo sempre o ordenamos e o configuramos segundo os pressupostos que a criação nos dá a conhecer. A mediação ocorre, portanto, por meio das simbolizações, das intuições que se estruturam junto às experiências que a memória auxilia a organizar por uma questão vital que a natureza lhe apresenta:

Nessa busca de ordenações e de significados reside a profunda motivação humana de criar. Impelido, como ser consciente, a compreender a vida, o homem é impelido a formar. [...] tratá-se, pois, de possibilidades, potencialidades do homem que se convertem em necessidades existenciais. (grifos da autora p. 10)

Para Gruber (apud GARDNER, 1999) um alto estudioso da criatividade humana na fase adulta, uma pessoa criativa procura criar relações entre diferentes fatos e teorias que habitam por sua área de interesse, a fim de chegar a uma síntese coerente e abrangente. “Um indivíduo criativo tipicamente gera uma rede de atividades- um complexo de busca que engajam sua curiosidade por longos períodos” (p. 298). Procurando explicitar melhor como ocorre tal experiência, diz o autor que, essas atividades, comumente, sustentam umas às outras e dão lugar à uma vida inacreditavelmente ativa.

Em Gruber (1981), o indivíduo criativo, na fase adulta, procura (ou é procurado por) algumas metáforas dominantes de ampla intenção, ricas e sujeitas a considerável exploração, expondo o investigador a aspectos de fenômenos que poderiam, de uma outra forma, parecer invisíveis para ele. À medida que o foco do indivíduo sofre mudança ele é capaz de mudar em simultaneidade, alargando sua rede de conhecimentos, a fim de construir um sistema mais abrangente possível.

A pesquisa da Profa. Dra. Ana Flávia Mendes, traz conceitos que para mim soam novos como: corpo visivo (o qual ele relaciona com a literatura por ser gerado na imagem), metacorpo (parafraseando a metalinguagem por ser o corpo falando de si mesmo), imanência (oposto da trancedência) e a categoria ‘corpo de passagem’ mencionada por ela inclusa nos estudos de Denise Santana, os quais desejo “visitar” conceitualmente de forma mais apurada posteriormente.

Acredito que estudar o processo criativo pelo qual o corpo passa até reconhecer- se o corpo da personagem, no âmbito da especialização sobre corpo na contemporaneidade, compreendido desde sua funcionalidade cotidiana, orgânica até a construção de uma organicidade ‘preparada’ para o olhar do outro, portanto espetacular, responde à necessidade sempre presente de voltar ao lócus corpo com uma nova pergunta, embebida de novos signos que nos auxiliem na permanente tarefa de melhor traduzir a imensa malha de significados que o abarcam e sem a qual se torna difícil pensar o preparo técnico- conceitual do ator na atualidade.

Objetivo ainda, organizar um diálogo ainda mais amplo com as contribuições teóricas trazidas pela Profa. Dra. Ana Flávia Mendes e poder construir um material significativo que se proponha contar poética e criteriosamente sobre o percurso teórico- metodológico da turma de alunos- atores- pesquisadores em seu processo de aprendizagem profissional, constituindo- se em parte do acervo já existente que possa ser consultado acerca da temática pesquisada, valorizando a produção intelectual em arte teatral na cidade e na região. Penso que tal iniciativa procura validar a necessidade demandada pela criação e manutenção dos cursos que se destinam à produção teórica desse conhecimento nas várias esferas de formação acadêmica e profissional (nível técnico, licenciatura, especialização e mestrado em Artes Cênicas com enfoque no teatro).
Um dia que representou momentos de grande aprendizagem por nos aproximar da inteireza que os conceitos deleuzianos de se pensar a aquisição/ produção/ transmissão/ reelaboração do conhecimento, pode nos favorecer ao propor rever/ revisitar algumas formas de refletir a vida na forma de um rizoma.

A mim fica a reflexão e o convite de que precisamos pensar o corpo numa perspectiva múltipla, rizomática o que significa exatamente, essa abertura para deformá-lo, rompê-lo, retirá-lo conceitualmente dos padrões rígidos e dicotomizados impostos historicamente, condicionado às formas fechadas, que nos limitaram a estudá-lo em partículas dissociadas entre si, da vida como um todo, que nos impediram por séculos, de vê-lo como uma realidade viva, latente e carregada se vivências sem as quais nunca poderemos encará-lo como um todo, um múltiplo em si mesmo.

Representou para mim um exercício metafórico, íntimo, de reencontrar- me poeticamente com meu corpo-vida, coberto pela amálgama do cotidiano, numa relação caleidoscópica em cadeia que nos permitiu ir aos conceitos e teorias confrontando-as com a abertura necessária para que novas descobertas surjam, estabelecendo diferentes conexões, liberando "pontos de fuga" que acenam com a imanência que nada mais objetiva que encontrar o homem naquilo que tem de bem profundo: o desejo de um encontro prazeroso com nossa inteireza físico-orgânica, intelectual e emocional no seu próprio corpo; desligando- se da sensibilidade cerceada, detida, aprisionada historicamente e compartimentalizada pelas tantas áreas do conhecimento, que tratou de distribuí-lo em disciplinas que o fragmentaram distorcendo e distanciando- o de si mesmo. Propondo- se a novos e significantes vôos que a aprendizagem nos oportuniza.

Sabendo que a palavra personalizada em nós, falada e escrita por nós, instaura diversas possibilidades de novas buscas, de outras conexões inclusive, empresto da Profa. Renilda Bastos[4] (2004, p.15) um pensamento que traduz o desejo de que esta pesquisa se traduza numa palavra proferida com longo alcance visto que “[...] por meio de nossa palavra proferida, criamos ecos em nossos [outros] alunos para que eles também possam contribuir com a longa memória cultural da humanidade que é tecida há milênios, pela voz e pela letra, num dinâmico intercâmbio que desenha mundos pela palavra”.

Considero essa possibilidade de estudo, antes de tudo, uma possibilidade ímpar estabelecer conexões dialógico- discursivas pertinentes à compreensão da relação do corpo como objeto e ao mesmo tempo assumindo a forma de sujeito na pesquisa, uma vez que ao ser estudado esse ‘devolve’ outras perguntas, provocações e respostas provisórias requerendo diferentes análises e novas interlocuções em busca do algo mais que ele carrega na multiplicidade de sentidos que o atravessam.

Produzir conhecimento de forma dialógica e rizomática, é experimentar sistematizá-lo à luz de nossos “pares conceituais” (objetivo da pós-graduação); é antes de tudo aprender a aprender/ apreender a complexidade de seu âmbito, é disponibilizar- se a uma caminhada, que se torna o próprio caminho no avançar da investigação. É, portanto, um esforço onde o empenho se dá no sentido de uma livre relação com a própria interpretação interagindo com o conhecimento historicamente já produzido, o que é um exercício sempre singular e totalmente pessoal.

Penso que dialogar com diferentes temáticas vistas sob diferentes prismas, experiência ocasionada pela Disciplina Tópicos Especiais deste Módulo I já se constituiu nesse início ‘desestabilizante’ e necessário ao percurso teórico, filosófico e metodológico que ora estaremos vivenciando de forma mais intensa no campo da especialização preparando- nos para conversas mais maduras quem sabe em territórios do mestrado em Artes Cênicas.


REFERÊNCIAS
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. A educação como cultura. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2002;
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. 1. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995.
GREINER, Cristine. O corpo: pistas para estudos indisciplinares. São Paulo: Annablume, 2005.
GARDNER, Howard. Arte, mente e cérebro. Uma abordagem cognitiva da criatividade.[trad] Sandra Costa. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
LEÃO, Emmanuel carneiro. Aprendendo a pensar. Petrópolis: Vozes, 1977.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. Vol. 1. 15ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.
_____________. Pedagogia do oprimido.17ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
TRINDADE, Cristina Tolentino. Jersy Grotowski e o ator performen. Artigo disponível em
www.caleidoscopio.art.br/cultural/teatro/contemporâneo/grotowski.htm, Acessado em 11/04/07.



[1] GARDNER (1999) acredita na diferença clara entre a atividade artística da criança e do adulto ,e segundo ele, tal diferença é confirmada pelo fato de que uma vida inteira de experiência, habilidade e dedicação separa a criança pequena cuja habilidade a controla do artista adulto que tem controle sobre suas habilidades e emoções.




[2] A noção de rizoma foi adotada da estrutura de algumas plantas cujos brotos podem ramificar-se em qualquer ponto, assim como engrossar e transformar-se em um bulbo ou tubérculo; o rizoma da botânica, que tanto pode funcionar como raiz, talo ou ramo, independente de sua localização na figura da planta, serve para exemplificar um sistema epistemológico onde não há raízes - ou seja, proposições ou afirmações mais fundamentais do que outras - que ramifiquem-se segundo dicotomias estritas. Deleuze e Guattari sustentam o que, na tradição anglo-saxã da filosofia da ciência, costumou-se chamar de antifundacionalismo: a estrutura do conhecimento não deriva, por meios lógicos, de um conjunto de princípios primeiros, mas sim elabora-se simultaneamente a partir de todos os pontos sob a influência de diferentes observações e conceitualizações.
[3] Intervenção urbana Inspirada no conto de natureza realista- fantástica Me alugo pra sonhar, de Gabriel Garcia Márquez, cuja montagem se deu na turma de 2º Ano do Curso de Formação de Ator da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará, ao realizar uma pesquisa- montagem sobre o realismo fantástico e a utilização do miriti (palmácea amazônica também conhecida como mármore caboclo pela infinita possibilidade de uso que comporta) como matéria prima na confecção de figurinos, adereços e objetos de cena sob a orientação da Professora Dra. Ana Karine Jansen e do Professor Esp. Bruce Macedo na Disciplina Experimentação Cenográfica que ocorreu no período de maio – junho de 2008, na escola de teatro e dança da UFPA.

[4] Mestre em Letras. Professora de Formas de Expressão e Comunicação Humana/ Arte, Cultura e sociedade/ UEPA e Pesquisadora do Programa Imaginário nas Formas Narrativas Orais Populares da Amazônia Paraense/ IFNOPAP, Centro de Letras/ UFPA


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