“Paixão Fosca” volta aos palcos em nova montagem
Segunda-Feira, 13/12/2010, 15:58:46Tamanho da fonte: A- A+
Rosilene Cordeiro, Paula Diocesano e Rafael Feitosa em “Paixão Fosca” (Foto: João Ramid)
Personagens mais maduros, texto mais apurado – com a mesma qualidade e profundidade –, além de grande carga emocional em cada um dos personagens. Estas são as principais diferenças entre a antiga e a nova temporada do espetáculo teatral “Paixão Fosca”, que retorna aos palcos paraenses nos dias 17, 18 e 19 de dezembro, no Teatro Maria Sylvia Nunes, da Estação das Docas.
O espetáculo, inspirado na obra “Fosca” do romancista italiano Iginio Ugo Tarchetti, conta a história de Giorgio, um bonito capitão do exército que mantém um romance com a linda e sedutora Clara. Ao ser inesperadamente transferido para o interior do país, Giorgio conhece Fosca, uma mulher feia e doente, prima de seu comandante militar. Fosca desenvolve uma paixão obsessiva por Giorgio, perseguindo-o desesperadamente ao longo de toda a narrativa. Juntos, os três vivem um intenso e perturbador triângulo amoroso. A história já recebeu adaptação para o cinema e virou espetáculo na Broadway, ganhando sua versão paraense através do trabalho de uma nova geração de artistas de teatro do estado.
A primeira montagem de “Paixão Fosca” foi encenada há um ano, sendo sucesso de público e crítica. Nesta nova temporada, que ganhou o apoio de uma importante rede varejista através da Lei Semear, Rosilene Cordeiro e Paula Diocesano permanecem nas personagens Fosca e Clara, respectivamente. Já o militar Giorgio agora será vivido por Rafael Feitosa, grande revelação do recente espetáculo musical “Ópera Profano”.
Na montagem em si, as mudanças são maiores e afetam texto e visualidade da obra. “Foi um ano de amadurecimento de cada personagem e do próprio texto, esta versão está mais encorpada, mais viva. Tínhamos quase duas horas de espetáculo e este tempo diminuiu quase pela metade, mas fizemos de tal forma que isso não fosse comprometer a essência do espetáculo”, revela o diretor geral, Guál Dídimo.
Segundo o produtor do espetáculo, Marinaldo Silva, na nova montagem o diretor teve a preocupação de atender alguns anseios do público. “Os personagens estão mais completos, trazendo respostas para questões que ficaram no ar na versão anterior e essas respostas virão em cenas inéditas, que farão toda a diferença no desfecho da história”, revela.
A trama de “Paixão Fosca” é ambientada na Itália do século XIX e climatiza todos os valores e costumes de uma época em que as mulheres dividiam o seu afeto com apenas dois homens, pai e marido. Os homens defendiam a sua honra em duelos, e a moral e os bons costumes eram elementares. Mas, na dramaturgia, Fosca pouco se importava com aquilo que, para ela, passava-se completamente despercebido, apagado ante ao seu desejo doentio pela mínima correspondência de seu amor por Giorgio.
Se a época também imputava ao casamento um caráter quase sempre comercial, baseado em interesses econômicos ou até mesmo como forma de prestar satisfações à sociedade – sem necessariamente imprimirem a felicidade do casal forçadamente unido – o romance entre Giorgio e Clara não padecia dessas nuances. Porém, no meio do caminho havia uma pedra. E uma pedra horrenda, completamente atormentada e socialmente excluída que atendia pelo afônico, abafado e paradoxalmente forte e avassalador: “Fosca”.
TÉCNICA
O espetáculo traz aos palcos de Belém uma nova geração do teatro paraense em todas as suas perspectivas, começando pela direção geral. Guál Dídimo é um jovem dramaturgo de apenas 22 anos. Carioca radicado no Pará há 13 anos, está em seu terceiro trabalho de direção geral, assinou a primeira versão do espetáculo e o recente musical “Ópera Profano” ao lado de Haroldo França.
Outro grande talento acabou de se sagrar como uma grata surpresa em “Ópera Profano”. Rafael Feitosa praticamente emendou a construção do novo personagem no trabalho anterior. “No ‘Ópera’, meu personagem era muito forte e carregava consigo uma raiva imensa. Giorgio é o oposto dele e o estudo minucioso do texto está sendo fundamental na construção deste novo personagem. Optei por esta nova construção, sem referência ao que foi feito anteriormente, para dar a minha cara ao personagem”, explica o jovem ator.
A montagem ainda traz novos cenários e figurinos assinados por Ézia Neves. Isso garante a grande mudança na visualidade da obra com o uso de trajes de época, por exemplo. “Paixão Fosca” promete instigar o público a viver, durante o espetáculo, o seu próprio amor doentio. “O teatro é uma arte viva e o público sempre é um personagem a mais”, avalia o diretor que ainda garante: “A dramaturgia foi toda revisitada e, por estar mais concisa, exige outra postura, outra rítmica do elenco, entretanto, isso não prejudicou a qualidade do espetáculo, pelo contrário, contribuiu para deixar a trama ainda mais envolvente”, finaliza.
Todas as informações sobre o espetáculo podem ser encontradas no site da peça, www.paixaofosca.com.br. A disponibilidade de um espaço na rede para os seus trabalhos é um diferencial do diretor do espetáculo.
SERVIÇO
Dias 17, 18 e 19 de dezembro, às 20h, nova temporada do espetáculo “Paixão Fosca”, de Guál Dídimo, no Teatro Maria Silvia Nunes, na Estação das Docas. Ingressos a R$
15,00, com meia-entrada para estudantes. Mais informações: www.paixaofosca.com.br.
Rosilene Cordeiro, Paula Diocesano e Rafael Feitosa em “Paixão Fosca” (Foto: João Ramid)
Personagens mais maduros, texto mais apurado – com a mesma qualidade e profundidade –, além de grande carga emocional em cada um dos personagens. Estas são as principais diferenças entre a antiga e a nova temporada do espetáculo teatral “Paixão Fosca”, que retorna aos palcos paraenses nos dias 17, 18 e 19 de dezembro, no Teatro Maria Sylvia Nunes, da Estação das Docas.
O espetáculo, inspirado na obra “Fosca” do romancista italiano Iginio Ugo Tarchetti, conta a história de Giorgio, um bonito capitão do exército que mantém um romance com a linda e sedutora Clara. Ao ser inesperadamente transferido para o interior do país, Giorgio conhece Fosca, uma mulher feia e doente, prima de seu comandante militar. Fosca desenvolve uma paixão obsessiva por Giorgio, perseguindo-o desesperadamente ao longo de toda a narrativa. Juntos, os três vivem um intenso e perturbador triângulo amoroso. A história já recebeu adaptação para o cinema e virou espetáculo na Broadway, ganhando sua versão paraense através do trabalho de uma nova geração de artistas de teatro do estado.
A primeira montagem de “Paixão Fosca” foi encenada há um ano, sendo sucesso de público e crítica. Nesta nova temporada, que ganhou o apoio de uma importante rede varejista através da Lei Semear, Rosilene Cordeiro e Paula Diocesano permanecem nas personagens Fosca e Clara, respectivamente. Já o militar Giorgio agora será vivido por Rafael Feitosa, grande revelação do recente espetáculo musical “Ópera Profano”.
Na montagem em si, as mudanças são maiores e afetam texto e visualidade da obra. “Foi um ano de amadurecimento de cada personagem e do próprio texto, esta versão está mais encorpada, mais viva. Tínhamos quase duas horas de espetáculo e este tempo diminuiu quase pela metade, mas fizemos de tal forma que isso não fosse comprometer a essência do espetáculo”, revela o diretor geral, Guál Dídimo.
Segundo o produtor do espetáculo, Marinaldo Silva, na nova montagem o diretor teve a preocupação de atender alguns anseios do público. “Os personagens estão mais completos, trazendo respostas para questões que ficaram no ar na versão anterior e essas respostas virão em cenas inéditas, que farão toda a diferença no desfecho da história”, revela.
A trama de “Paixão Fosca” é ambientada na Itália do século XIX e climatiza todos os valores e costumes de uma época em que as mulheres dividiam o seu afeto com apenas dois homens, pai e marido. Os homens defendiam a sua honra em duelos, e a moral e os bons costumes eram elementares. Mas, na dramaturgia, Fosca pouco se importava com aquilo que, para ela, passava-se completamente despercebido, apagado ante ao seu desejo doentio pela mínima correspondência de seu amor por Giorgio.
Se a época também imputava ao casamento um caráter quase sempre comercial, baseado em interesses econômicos ou até mesmo como forma de prestar satisfações à sociedade – sem necessariamente imprimirem a felicidade do casal forçadamente unido – o romance entre Giorgio e Clara não padecia dessas nuances. Porém, no meio do caminho havia uma pedra. E uma pedra horrenda, completamente atormentada e socialmente excluída que atendia pelo afônico, abafado e paradoxalmente forte e avassalador: “Fosca”.
TÉCNICA
O espetáculo traz aos palcos de Belém uma nova geração do teatro paraense em todas as suas perspectivas, começando pela direção geral. Guál Dídimo é um jovem dramaturgo de apenas 22 anos. Carioca radicado no Pará há 13 anos, está em seu terceiro trabalho de direção geral, assinou a primeira versão do espetáculo e o recente musical “Ópera Profano” ao lado de Haroldo França.
Outro grande talento acabou de se sagrar como uma grata surpresa em “Ópera Profano”. Rafael Feitosa praticamente emendou a construção do novo personagem no trabalho anterior. “No ‘Ópera’, meu personagem era muito forte e carregava consigo uma raiva imensa. Giorgio é o oposto dele e o estudo minucioso do texto está sendo fundamental na construção deste novo personagem. Optei por esta nova construção, sem referência ao que foi feito anteriormente, para dar a minha cara ao personagem”, explica o jovem ator.
A montagem ainda traz novos cenários e figurinos assinados por Ézia Neves. Isso garante a grande mudança na visualidade da obra com o uso de trajes de época, por exemplo. “Paixão Fosca” promete instigar o público a viver, durante o espetáculo, o seu próprio amor doentio. “O teatro é uma arte viva e o público sempre é um personagem a mais”, avalia o diretor que ainda garante: “A dramaturgia foi toda revisitada e, por estar mais concisa, exige outra postura, outra rítmica do elenco, entretanto, isso não prejudicou a qualidade do espetáculo, pelo contrário, contribuiu para deixar a trama ainda mais envolvente”, finaliza.
Todas as informações sobre o espetáculo podem ser encontradas no site da peça, www.paixaofosca.com.br. A disponibilidade de um espaço na rede para os seus trabalhos é um diferencial do diretor do espetáculo.
SERVIÇO
Dias 17, 18 e 19 de dezembro, às 20h, nova temporada do espetáculo “Paixão Fosca”, de Guál Dídimo, no Teatro Maria Silvia Nunes, na Estação das Docas. Ingressos a R$
15,00, com meia-entrada para estudantes. Mais informações: www.paixaofosca.com.br.
Disponível em
http://www.diarioonline.com.br/noticia-124743-%E2%80%9Cpaixao-fosca%E2%80%9D-volta-aos-palcos-em-nova-montagem.html
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http://www.estacaodasdocas.com.br/?p=2067
http://blogdobacana-marcelomarques.blogspot.com/2010/12/curtas.html
http://bilhetim.blogspot.com/2009/11/paixao-fosca-pero-tosca.html
http://www.portalcultura.com.br/index.php?site=2&pag=conteudo&mtxt=12813&cabeca=Cr%EDtica%20teatral:%20Ainda%20''Paix%E3o%20Fosca''
http://www.portalcultura.com.br/index.php?site=2&pag=conteudo&mtxt=12473&cabeca='Paix%E3o%20Fosca'%20estreia%20no%20Teatro%20Waldemar%20Henrique%20em%20novembro (Montagem passada)
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