"DEIXA, MARIA! DEIXA A CRIANÇA DO/NO TERREIRO!"
Toda criança tem direito a TODA VERDADE.
[...] Toda criança tem direito a nascer livre, INDEPENDENTE DA SITUAÇÃO QUE A GEROU, e num mundo menos duro e tempo que a espere.
Tem direito ao parto natural com total segurança e tranquilidade para chegar bem e seguir caminho assim.
Tem direito a amamentação materna exclusiva, preferencialmente no seio de sua mãe, em livre demanda por pelo menos seis meses.
Toda criança tem direito à uma família que a deseje e a ame, que lhe receba com mimos e lhe respeite nesse crescer; que a instrua dentro dos preceitos que regem a vida e a boa convivência com as diferenças as quais precisa conhecer desde muito cedo já no seio de seu acompanhamento familiar sendo ele biológico ou por adoção.
Toda criança tem direito à moradia decente, à higiene satisfatória, à educação de qualidade dentro do que seus pais considerem importante nesse tempo mais imediato de tutoria afetivo-emocional, social e cultural.
Toda criança tem direito ao lazer de sua época, às práticas culturais de seu tempo e dos de outrora, às trocas e diálogos numa linguagem adequada a sua idade acerca dos saberes e conhecimento das tradições de seus entes presentes e passados.
Toda criança tem direito de descobrir sem esforços e amarguras, paulatinamente, as diferenças que a circundam, a saber do que se tratam, a ir percebendo devagar as características específicas dessas diferenças sendo abordadas naturalmente e com seriedade, sem o rigor pré-conceitual de acordo com seu amadurecimento lisnguístico e, mais que aprender a ‘conviver’ deve descobrir a viver-com a multiplicidade gerada pela diversidade que exista em sua volta.
Toda criança tem direito a religiosidade dentro ou fora de uma religião.
Toda criança tem direito a frequentar os espaços de culto de seus pais [caso eles os tenham!], a permanecer com eles nesse ambiente pelo tempo que julgarem necessário ao exercício dos atos religiosos.
Toda criança tem direito a conhecer, na prática, além da casa onde seus responsáveis prestam cultos, os deuses que eles cultuam, quem é/ são esse/ s [D]deus/es e deusa/s e como se relaciona/m conosco.
Toda criança tem direito de ver, tocar, sentir, experimentar a presença deles tocando-os e sendo por eles tocadas pelos corpos que os servem em carne, espírito e verdade naquilo que professam e expressam seus valores transcendentes de fé e vida.
Toda criança tem direito a receber a bênção dos parentes mais velhos, das lideranças espirituais indistintamente, dos anciãos de sua comunidade caso gozem desse privilegio.
Toda criança tem o direito de saber, caso perguntem, e a serem ensinadas, caso desconheçam, que certos ambientes onde ocorrem beberagens, alimentação, transes, ceras coloridas acesas, oferendas, passes, jogos oraculares, danças e cantorias até altas horas da madrugada se constituem espaços sagrados para determinadas pessoas, que representam os ritos de seus entes passados e queridos que hoje se perpetua em suas celebrações cotidianas enquanto comunidades.
Toda criança tem o direito de saber que essas reuniões são ritos, que são festas, que fazem parte das inúmeras e desconhecidas manifestações ancestrais de fé das quais descendem milhares de outras pessoas e credos, e que existem pessoas que não compreendem isso!
Toda criança tem o direito de saber, ainda bem pequeninas, por meio de um vasto repertório de histórias sagradas vindas por livros ou pela oralidade presente nas várias religiões [e aqui não se aplica apenas a Bíblia ou livros afins!] que esses povos, muitos povos que desconhecemos cultuam muitas divindades, tantas, inclusive, que não saberemos quantificar, sequer chegaremos a conhecer o nome dado suas infinitas variedades.
Toda criança tem direito de saber que toda essa gente negada por desconhecimento de muitos são nações, que essas nações eram grandiosas e ricas, que moravam longe daqui e outras já residiam aqui mesmo e eram felizes como viviam; e que muitas foram dizimadas em favor de um conceito único de VIDA e VERDADE.
Toda criança tem o direito de saber, no seu devido movimento de apreensão do mundo, que muitos desses que chamamos seres humanos morreram porque tinham UM OU VÁRIOS DEUSES e que recusaram abandoná-los e por essa vontade, por sua resistência e amor a sua fé foram penalizados e destruídos.
TODA CRIANÇA TEM DIREITO A UMA FÉ, que pode ou não ser a de seus pais e que não cabe a eles decidir por ela. Toda criança tem o direito de conhecer os vários caminhos para que um dia, DE POSSE DE TODOS OS ENSINAMENTOS QUE RECEBEU, possa reconhecer e optar pelo seu próprio caminhar.
Toda criança tem direitos religiosos que não podem infringir seu imaginário infantil senão para promovê-la com conhecimento necessários a aprendizagem, a troca desses conhecimentos para o desenvolvimento de um pensamento crítico que gere autonomia necessária para que dia-a-dia, vá se descobrindo CRIANÇA DE DIREITOS e seja no decorrer de toda sua existência um ser humano capaz de tomar decisões e intervir com ética, solidariedade e respeito nas mudanças que o mundo precisa pra se descobrir menos individualista, mais resultado de pessoas que se amam, se ajudam e prosperam nisso e por isso.
E ainda que, quando crescida sua opção final seja pela AUSÊNCIA DE UM CREDO EM UM DEUS QUE TENHA NOME ESPECÍFICO, QUE TODAS AS CRIANÇAS TENHAM NOS ADULTOS AS GARANTIAS DE PROTEÇÃO QUE LHES GARANTA O DIREITO DE ACREDITAR NA VIDA COMO RELIGIÃO UNIVERSAL, NO EXERCÍCIO DA LIBERDADE COMO UM DOM NATURAL, NA POSSIBILIDADE DE SER FELIZ COM SUAS PRÓPRIAS ESCOLHAS POR CONTA DE TODO CONHECIMENTO QUE LHE FOI FORNECIDO POR DIREITO AINDA EM TEMPO DE SER CONDUZIDA PELA ALEGRIA E PELO SONHO.
E EU SONHO QUE NUM DIA BEM BREVE TODA CRIANÇA TENHA O DIREITO DE SER CRIANÇA E APENAS ISSO SEM QUE ISSO SIGNIFIQUE SOFRER NENHUMA PUNIÇÃO, MALOGRO, CONFUSÃO, MAZELA, MEDO E INFELICIDADE PRESENTE E FUTURAMENTE POR ISSO!
NO MEU SONHO TODA CRIANÇA SERÁ APENAS CRIANÇA E NA INFÂNCIA ISSO SERÁ O SUFICIENTE. [...]
Para todas as crianças da minha vida, especialmente Angelin♥ Roberta Cordeiro, Mariet♥ Fabrila Rocha e Violet♥ Samily Maria
Rosilene Cordeiro, Rosilene Cordeiro.
Por Rosilene Cordeiro. Atriz, pedagoga, pesquisadora de corpo e performance, educadora social.
[...] Toda criança tem direito a nascer livre, INDEPENDENTE DA SITUAÇÃO QUE A GEROU, e num mundo menos duro e tempo que a espere.
Tem direito ao parto natural com total segurança e tranquilidade para chegar bem e seguir caminho assim.
Tem direito a amamentação materna exclusiva, preferencialmente no seio de sua mãe, em livre demanda por pelo menos seis meses.
Toda criança tem direito à uma família que a deseje e a ame, que lhe receba com mimos e lhe respeite nesse crescer; que a instrua dentro dos preceitos que regem a vida e a boa convivência com as diferenças as quais precisa conhecer desde muito cedo já no seio de seu acompanhamento familiar sendo ele biológico ou por adoção.
Toda criança tem direito à moradia decente, à higiene satisfatória, à educação de qualidade dentro do que seus pais considerem importante nesse tempo mais imediato de tutoria afetivo-emocional, social e cultural.
Toda criança tem direito ao lazer de sua época, às práticas culturais de seu tempo e dos de outrora, às trocas e diálogos numa linguagem adequada a sua idade acerca dos saberes e conhecimento das tradições de seus entes presentes e passados.
Toda criança tem direito de descobrir sem esforços e amarguras, paulatinamente, as diferenças que a circundam, a saber do que se tratam, a ir percebendo devagar as características específicas dessas diferenças sendo abordadas naturalmente e com seriedade, sem o rigor pré-conceitual de acordo com seu amadurecimento lisnguístico e, mais que aprender a ‘conviver’ deve descobrir a viver-com a multiplicidade gerada pela diversidade que exista em sua volta.
Toda criança tem direito a religiosidade dentro ou fora de uma religião.
Toda criança tem direito a frequentar os espaços de culto de seus pais [caso eles os tenham!], a permanecer com eles nesse ambiente pelo tempo que julgarem necessário ao exercício dos atos religiosos.
Toda criança tem direito a conhecer, na prática, além da casa onde seus responsáveis prestam cultos, os deuses que eles cultuam, quem é/ são esse/ s [D]deus/es e deusa/s e como se relaciona/m conosco.
Toda criança tem direito de ver, tocar, sentir, experimentar a presença deles tocando-os e sendo por eles tocadas pelos corpos que os servem em carne, espírito e verdade naquilo que professam e expressam seus valores transcendentes de fé e vida.
Toda criança tem direito a receber a bênção dos parentes mais velhos, das lideranças espirituais indistintamente, dos anciãos de sua comunidade caso gozem desse privilegio.
Toda criança tem o direito de saber, caso perguntem, e a serem ensinadas, caso desconheçam, que certos ambientes onde ocorrem beberagens, alimentação, transes, ceras coloridas acesas, oferendas, passes, jogos oraculares, danças e cantorias até altas horas da madrugada se constituem espaços sagrados para determinadas pessoas, que representam os ritos de seus entes passados e queridos que hoje se perpetua em suas celebrações cotidianas enquanto comunidades.
Toda criança tem o direito de saber que essas reuniões são ritos, que são festas, que fazem parte das inúmeras e desconhecidas manifestações ancestrais de fé das quais descendem milhares de outras pessoas e credos, e que existem pessoas que não compreendem isso!
Toda criança tem o direito de saber, ainda bem pequeninas, por meio de um vasto repertório de histórias sagradas vindas por livros ou pela oralidade presente nas várias religiões [e aqui não se aplica apenas a Bíblia ou livros afins!] que esses povos, muitos povos que desconhecemos cultuam muitas divindades, tantas, inclusive, que não saberemos quantificar, sequer chegaremos a conhecer o nome dado suas infinitas variedades.
Toda criança tem direito de saber que toda essa gente negada por desconhecimento de muitos são nações, que essas nações eram grandiosas e ricas, que moravam longe daqui e outras já residiam aqui mesmo e eram felizes como viviam; e que muitas foram dizimadas em favor de um conceito único de VIDA e VERDADE.
Toda criança tem o direito de saber, no seu devido movimento de apreensão do mundo, que muitos desses que chamamos seres humanos morreram porque tinham UM OU VÁRIOS DEUSES e que recusaram abandoná-los e por essa vontade, por sua resistência e amor a sua fé foram penalizados e destruídos.
TODA CRIANÇA TEM DIREITO A UMA FÉ, que pode ou não ser a de seus pais e que não cabe a eles decidir por ela. Toda criança tem o direito de conhecer os vários caminhos para que um dia, DE POSSE DE TODOS OS ENSINAMENTOS QUE RECEBEU, possa reconhecer e optar pelo seu próprio caminhar.
Toda criança tem direitos religiosos que não podem infringir seu imaginário infantil senão para promovê-la com conhecimento necessários a aprendizagem, a troca desses conhecimentos para o desenvolvimento de um pensamento crítico que gere autonomia necessária para que dia-a-dia, vá se descobrindo CRIANÇA DE DIREITOS e seja no decorrer de toda sua existência um ser humano capaz de tomar decisões e intervir com ética, solidariedade e respeito nas mudanças que o mundo precisa pra se descobrir menos individualista, mais resultado de pessoas que se amam, se ajudam e prosperam nisso e por isso.
E ainda que, quando crescida sua opção final seja pela AUSÊNCIA DE UM CREDO EM UM DEUS QUE TENHA NOME ESPECÍFICO, QUE TODAS AS CRIANÇAS TENHAM NOS ADULTOS AS GARANTIAS DE PROTEÇÃO QUE LHES GARANTA O DIREITO DE ACREDITAR NA VIDA COMO RELIGIÃO UNIVERSAL, NO EXERCÍCIO DA LIBERDADE COMO UM DOM NATURAL, NA POSSIBILIDADE DE SER FELIZ COM SUAS PRÓPRIAS ESCOLHAS POR CONTA DE TODO CONHECIMENTO QUE LHE FOI FORNECIDO POR DIREITO AINDA EM TEMPO DE SER CONDUZIDA PELA ALEGRIA E PELO SONHO.
E EU SONHO QUE NUM DIA BEM BREVE TODA CRIANÇA TENHA O DIREITO DE SER CRIANÇA E APENAS ISSO SEM QUE ISSO SIGNIFIQUE SOFRER NENHUMA PUNIÇÃO, MALOGRO, CONFUSÃO, MAZELA, MEDO E INFELICIDADE PRESENTE E FUTURAMENTE POR ISSO!
NO MEU SONHO TODA CRIANÇA SERÁ APENAS CRIANÇA E NA INFÂNCIA ISSO SERÁ O SUFICIENTE. [...]
Para todas as crianças da minha vida, especialmente Angelin♥ Roberta Cordeiro, Mariet♥ Fabrila Rocha e Violet♥ Samily Maria
Rosilene Cordeiro, Rosilene Cordeiro.
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